domingo, 15 de agosto de 2010

Velhice, Palavra Quase Proibida; Terceira Idade, Expressão Quase Hegemônica



Para Annamaria Palacios, no discursos dos cosméticos, a palavra velhice está sendo substituidda por 3ª idade. A velhice representa o afastamento do idoso da sociedade, seguido pelo medo da morte. Já a 3ª idade, por ser um número ordinal, dá a idéia de sucessão, que conduz à vida e que acentua a idéia de envelhecimento. Porém iniciou-se a diminuição da fecundidade ficando estável a população agravada pelo uso de anteconceptivos, o que vai estender esta situação por mais algum tempo.

Os Percursos do Corpo na Cultura Contemporânea



Segundo Malu Fontes, o padrão físico do sec. XX tem mostrado por meio da mídia que a preferência pelo corpo feminino deve-se ao fato dele estar buscando potencializar os limites da força e beleza, aderindo tudo que o evidencie. Os atuais padrões de beleza não são os mesmos de tempos atrás, está sempre em constante mudança, o que aumenta a distância para as mulheres deficiêntes físicas afirmar-se como pessoa cidadã com um corpo tão diferente do corpo ideal vigente.
O corpo canônico, a tempos cultuados em academias para manter a saúde e ganhar beleza, se contrapõe aos efeitos do tempo causados a ele. Este corpo canônico é altamente divulgado pelos meios de comunicação que determina o modelo ideal de corpo a ser seguido, chegando a criar um profissional específico para atender a esta espectativa.

Uma Estética para Corpos Mutantes



Segundo Edvaldo Couto, no tocante ao corpo, atualmente se convive com a incerteza pessoal sem formas obtidas. esta instabilidade faz com que estejamos sempre em movimento veloz como opção de vida, uma satisfação imediata, descartando tudo que é demorado. E as tecnologias, cada ves mais, age diretamente para modificar o corpo, que tornou-se um objeto de consumo. Hoje o corpo é cultuado devendo acompanhar as têndencias tecnológicas para continuar em evidência e atualizado.
Esta busca pelo corpo perfeito, começa desde o nascimento  com o objetivo de prolongar a vida, mas, o envelhecimento e a morte, mesmo com todo o empenho da ciência, ainda é inevitável.
Os implantes artificiais, que devolvem os movimentos para pessoas vítimas de acidentes, hoje, também potencializam o corpo, ou seja, máquina e corpo trabalhando juntos com um único fim, e as máquinas por sua vez, substituindo ou melhorando órgãos defeituosos, nos remetendo para um futuro próximo onde os órgãos serão vendidos de acordo com a necessidade do cliente com direito a certificado de garantia.
Mediante tantas técnicas, o corpo tornou-se objeto de consumo de um mercado capitalista.

Corpo Cyborg e o Dispositivo das Novas Tecnologias



Homero Luís diz que a aceleração da tecnologia tem possibilitado transformações inesperáveis do corpo, uma revolução tecnológica. Através da mistura de componentes eletrônicos, pode-se desenvolver máquinas inteligentes e sentimentais, produzir a vida em laboratório, realizar diagnóstico, o que para a medicina é motivo de comemoração.
Barreiras estão se rompendo, as máquinas se humanizando e o homem se maquinizando emergindo o pós-humano, trazendo em seu corpo as mutações tecnológicas atuais.
Daí o ciborgue para atender as alterações das funções do corpo e ao nosso imaginário em uma ficção científica. Hoje eles estão entre nós, seja com um órgão implantado ou uma droga ingerida habitando mundos tanto naturais como artificiais. Ele nasce em um mundo contemporâneo onde o humano, o animal e a máquina se confundem. Não sabemos mais onde termina o humano e onde começa a máquina e vice-versa.